quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

O mundo que eu quero

Aproveitando o momento emotivo que o Natal e o fim do ano proporcionam, venho compartilhar com vocês uma decisão que tomei há pouco mais de um ano, após todas as turbulências do fim do meu romance com o pai do Cebolinha - meu ex-namorido - e mais algumas outras coisas que mexeram demais comigo e me fizeram rever o mundo.

Nessa mesma época no ano passado eu ainda estava gravidusca, barrigudona e pensando no futuro que eu queria para esse ser humano que nasceria. E, para mim, muito mais importante do que comprar um enxoval lindo e preparar o quartinho do bebê, o essencial era preparar a mim mesma para ser a melhor mãe que eu poderia ser para ele. Fui pensando que essa era uma responsabilidade muito grande e que eu não poderia voltar atrás em nada, portanto deveria fazer as coisas certas desde a primeira vez.

Eu sei que a gente erra, afinal é inevitável, mas queria minimizar os erros.
Percebi, conforme a gravidez foi avançando, tudo que eu poderia e deveria mudar em mim, para ser um ser humano melhor para, só assim, conseguir criar outro ser humano bem.
Reconheci a real responsabilidade de dar à luz aquele bebê e reconheci a importância de como meus atos influenciariam aquela pessoa.
Pensei que eu teria a partir dali a incumbência de mostrar a vida pr'quela pessoa, como viver.

Porque eu sei que, com criança, tudo influencia. Tudo que ela vivesse comigo e visse de mim moldaria a pessoa que ela seria no futuro. Criança imita e ponto, não adianta dizer "a mamãe faz, mas vc não deve fazer, tá?". É preciso ser o que a gente quer que eles sejam, sabe?

Então, como fazer? Que valores passar pr'aquele humaninho? O que eu deveria SER para ensinar a ele o que era bacana ser também? (E desde já eu digo que a gente  pode plantar sim a sementinha, mas nunca conseguiremos definir o que nossos filhos serão. Isso cabe a eles.)
E fiquei nessa soul-searching intensa, durante todo o tempo em que tive dentro de mim esse ser tão amado.

Foi quando soube do voto pela não-violência.
Gente, sabe quando dá, assim, um estalo na sua cabeça? Era isso!
Eu vi que era isso que eu queria pra mim e pro meu filho. Queria não, eu quero um mundo onde se viva com menos violência e muito mais amor, mais respeito.
(I took the vow. Would you too?)
Eu não estou falando só de assaltos e mortes, estou falando da violência cotidiana, aquela que faz a vida da gente mais estressante e que, acumulada, vira a violência que se vê nos "telejornais" de qualidade duvidosa. Todo e qualquer tipo de violência, sabe? Um xingamento pro cara que fechou o nosso carro no trânsito. Um senhora mal humorada que pisou no nosso pé no metrô e ainda se achou no direito de xingar. Um parente que quer inventar confusão por isso ou aquilo. Patrão arrogante pegando no pé! Difícil não se irritar com essas coisas? Nem tanto. Com o tempo dá pra se acostumar a ver essas situações com outros olhos, eu juro. Dá pra não xingar de volta, dá pra nem ao menos pensar mal dessas coisas e simplesmente take things easy.
O voto é um compromisso que fazemos de não ter violência na nossa vida, nem em pensamentos, nem em ações, nem em gestos.
Fazer o voto é mudar a si para mudar o mundo.
Megalomaníaca? Não, eu só tenho consciência de que eu sou um pedacinho do mundo e esse pedacinho eu sou capaz de mudar. Já mudei.
E, antes que esse post fique imenso e dê preguiça continuar, eu os convido para visitar o site e saber um pouco mais sobre esse voto.

Só digo mais uma coisa: hoje sou muito mais feliz assim, com paz na minha vida, em tudo que eu faço e vivo.
E tenho a consciência tranquila de viver de acordo com aquilo que eu quero ensinar ao meu filho.
Outro dia falo mais sobre essas transformações, prometo. Hoje era só o convite.


We cannot always build the future for our youth, but we can build our youth for the future.  [Franklin D. Roosevelt]
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2 comentários:

Anna Carolina Menta disse...

Gostei disso!! bjos e ótimo natal pra vcs

Lu disse...

Amiga, seu post é inspirador. Vou sim visitar o site.
Mas por hora quero lhe desejar um feliz Natal!! Pra você e pro seu bebê tão querido.

Bjinhos

Luna e Felipe

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